Arquivo para download: Linguagem e experiência trágica em Nietzsche, por Felipe Bó Huthmecher

Capítulo 1 da dissertação "A linguagem entre o devir e a alienação".


Identificamos, na perspectiva nietzschiana, a tragédia grega sendo interpretada enquanto linguagem vital, simbolização do saber afetivo do inconsciente. Entretanto, esse equilíbrio existencial entre o homem e a natureza sofrerá uma grande transformação pelas mãos de um poeta trágico contaminado pela recém-nascida apologia à racionalidade. Trata-se de Eurípedes, poeta da estética racional que, segundo Nietzsche, mudará para sempre os rumos da tragédia grega ao levar para o palco trágico as exigências da razão e do saber consciente em detrimento da inconsciência dionisíaca. O equilíbrio entre os impulsos artísticos da natureza é então rompido em nome de uma forma de poetar que desconsidera o saber instintivo que fundamenta a estética originalmente trágica. 


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