Na web: Vida, época, filosofia e obras de Baruch Spinoza, por Rubem Queiroz Cobra

Expulsão da Comunidade Judaica. Spinoza logo incorreu na desaprovação das autoridades da sinagoga, por suas afirmações junto aos rabinos, como a de que não havia nada na Bíblia afirmando que Deus não possuía um corpo físico, que os anjos realmente existissem como espíritos sem corpo, ou que a alma humana fosse imortal fora do corpo. Porém, depois daquelas afirmações, o acusaram de ateísmo ante a comunidade e foi instaurada a correspondente devassa. Spinoza foi convidado a comparecer ante Morteira, e frente à ameaça de excomunhão, teve uma atitude arrogante. Declarou que já havia desejado romper com a Sinagoga, mas evitara fazê-lo para não provocar um escândalo. Frente à acusação, dirigiu aos rabinos um escrito em que reafirma suas convicções. Deve ser desta ocasião, em 1655, a preparação por Spinoza do seu Tractatus de Deo et homine et jusque felicitate, em que se defende explicando seus pontos de vista. A congregação não teve alternativa senão aplicar-lhe a excomunhão. O texto da excomunhão de Spinoza, publicado o 27 de julho de 1656, diz ao final: "Ordenamos que ninguém mantenha com ele comunicação oral ou escrita, que ninguém lhe preste nenhum favor, que ninguém permaneça com ele sob o mesmo teto ou a menos de quatro jardas, que ninguém leia nada escrito ou transcrito por ele". Até que ponto havia chegado a rejeição a Spinoza pelos fanáticos da comunidade mostra o atentado que o vitimou: uma noite, alguém tentou apunhalá-lo no caminho de sua casa, quando voltava da Sinagoga. Conseguiu esquivar-se ao golpe do punhal que apenas rasgou sua casaca.

Para ler mais, clique aqui.

Comentários